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A Rumo disse nesta segunda-feira (6) que a circulação de trens na Operação Sul está parcialmente interrompida por conta dos eventos climáticos extremos que atingiram o Rio Grande do Sul. A empresa do setor de logística não espera desvios materiais dos resultados estimados para o ano, reiterando as metas e projeções divulgadas ao mercado no início de fevereiro.

“A prioridade da companhia é garantir a segurança dos colaboradores e de suas famílias, assim como das operações na região”, afirma a Rumo, em comunicado. Os danos aos ativos ainda estão sendo devidamente mensurados.

A Gerdau também informou hoje que estendeu a paralisação de suas operações no Estado por conta das chuvas. A siderúrgica opera, no Rio Grande do Sul, a unidade de aços longos Riograndense, em Sapucaia do Sul, e uma unidade de aços especiais em Charqueadas.

Na sexta-feira (3), a empresa já havia indicado suspensão das atividades, inicialmente até ontem. Agora, a Gerdau não indica data de retorno, informando apenas que a paralisação será "até que possamos retomar com segurança".

“Neste momento delicado, temos mobilizado esforços para priorizar a proteção e segurança das pessoas”, afirma a companhia, em comunicado. “Também estamos oferecendo apoio a todos os colaboradores e colaboradoras que necessitem.”

A empresa tem realizado doações de itens para as comunidades próximas, como cestas básicas, kits de higiene e outros artigos. Além disso, mobiliza helicópteros para apoiar na logística.

A Braskem, maior petroquímica brasileira, ampliou a suspensão das operações no Polo de Triunfo (RS) e anunciou uma parada geral, atingindo todas as suas unidades no complexo petroquímico.

Conforme a companhia, a ação está sendo tomada de forma preventiva, diante da possível interrupção na captação de água. De acordo com a companhia, não há previsão de retomada das operações.

O grupo Panvel, dono das farmácias Panvel e da distribuidora Dimed, interrompeu na última sexta-feira (3) as operações em seu centro de distribuição, localizado em Eldorado do Sul (RS). “Estamos enfrentando desafios e fazendo o melhor para o trabalho aconteça, mas os impactos têm sido fortes, limitando a capacidade de produção e distribuição”, afirma a empresa em comunicado no site.

A companhia continua recebendo pedidos, porém com a possibilidade de atraso nas entregas. A maior parte dos funcionários reside na cidade, uma das mais afetadas pelas chuvas.

De acordo com a M. Dias Branco, a planta de Bento Gonçalves (fábrica e moinho de trigo) e o centro de distribuição não foram danificados pelas fortes chuvas, mas o acesso às instalações é difícil. “Estamos focados em garantir a segurança dos colaboradores e em apoiar as famílias atingidas”, afirma Maria Nolasco, coordenadora de responsabilidade social da M. Dias Branco.

A companhia está mapeando os funcionários que tiveram suas moradias afetadas e oferecerá, também emergencialmente, apoio financeiro, cesta de alimentos e atendimento psicológico.

A Isabela, marca de massas e biscoitos da M. Dias Branco, disponibilizou entrega emergencial de 21 toneladas de alimentos para os desabrigados pelas enchentes do Rio Grande do Sul. Os produtos começarão a ser entregues assim que houver condições de retirada no Centro de Distribuição da marca instalado em Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre, cujo acesso rodoviário, neste momento, está comprometido.

A incorporadora Melnick, que é de Porto Alegre, paralisou as obras em seus 16 canteiros e adotou o regime de trabalho remoto. Afirmou, em nota, que parou as construções por causa do racionamento de água na capital gaúcha e “para oferecer mais segurança aos colaboradores”. Em conjunto com outras empresas do setor, incluindo a Cyrela, e com a instituição de ensino IPA Metodista, montou um abrigo para 160 pessoas no ginásio do centro universitário. “A construtora também disponibilizou geradores para escolas e abrigos e tem instalado banheiros químicos em locais solicitados”, afirma a Melnick.

A Lojas Quero-Quero disse nesta segunda-feira (6) que 12 de suas 552 lojas foram diretamente impactadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul e 29 apresentam operações parciais.

“Enquanto continuamos a operar na medida do possível, nosso foco está em oferecer apoio e assistência às áreas mais afetadas”, afirma a companhia. Os três centros de distribuição continuam funcionando. As lojas também estão servindo como postos de coleta de doações.

A Coca-Cola Femsa, principal engarrafadora da Coca-Cola no país, informou que sua fábrica de Porto Alegre foi afetada pelas chuvas e enchentes. A unidade produz e distribui bebidas do portfólio da companhia.

De acordo com a Femsa, o complexo foi atingido pela cheia histórica do Rio Guaíba, que alagou vários bairros da capital gaúcha. Além disso, a distribuição dos produtos no estado está afetada em razão do bloqueio de estradas.

A Lojas Renner afirmou que em torno de 4% do seu total de unidades estão temporariamente fechadas, em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul.

Além disso, a empresa informou que não possui centros de distribuição na região afetada no estado e que o impacto de fornecimento de produtos vindos de parceiros é imaterial.

A Heineken paralisou as operações na cidade de Igrejinha, no Rio Grande do Sul. Além da cervejaria, a companhia também possui equipes de vendas e distribuição no Estado.

De acordo com a companhia, as atividades da fábrica e dos centros de distribuição no estado foram suspensas temporariamente para proteger os funcionários e garantir a qualidade dos produtos.

“Assim que for seguro para todas as pessoas, retomaremos as atividades normais”, afirmou por meio de nota enviada ao Valor o vice-presidente de Sustentabilidade & Assuntos Corporativos, Mauro Homem.

A Heineken afirmou ainda que está direcionando doações, em recursos financeiros e em itens emergenciais, em parceria com a ONG Visão Mundial e por meio do Instituto Heineken.

A Multiplan informou que as suas propriedades no Rio Grande do Sul não foram afetadas pelas chuvas que atingem a região e que os shoppings permanecem abertos, funcionando como apoio à população e como pontos de coleta de doações.

No estado, a empresa detém os empreendimentos BarraShoppingSul, ParkShopping Canoas e Golden Lake. Segundo a companhia, a expectativa é de uma redução momentânea de fluxo de visitantes, e suspensão temporária das obras de construção do Golden Lake.

As instalações da Recrusul em Sapucaia do Sul (RS), não foram afetadas pelas fortes chuvas que atingem o Estado, informou a companhia. Porém, algumas atividades operacionais podem ser prejudicadas ou não apresentar regularidade nos próximos dias.

“A dificuldade em escoar matérias-primas nas rodovias do Estado do Rio Grande do Sul, bem como o acesso dos funcionários e clientes às instalações da Recrusul, em Sapucaia do Sul, dependem da redução do acúmulo de água nas vias de acesso à unidade industrial”, explicou a companhia em comunicado divulgado ao mercado.

A Taurus também reportou que suspendeu, momentaneamente, as operações presenciais da unidade fabril localizada na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, devido às chuvas na região.

A suspensão temporária teve início nesta segunda, com retorno previsto para a próxima segunda-feira (13), quando o comitê de crise da empresa efetuará uma nova avaliação da situação. Os setores administrativos e de apoio seguem trabalhando presencialmente e remoto.

“A companhia informa que não foi afetada pelas enchentes que atingem o Rio Grande do Sul e que a interrupção não afetará nossas vendas, pois, no mercado americano, operamos com um estoque estratégico de segurança de 60 dias na nossa unidade de Bainbridge Georgia”, diz a Taurus em comunicado divulgado ao mercado.

As enchentes também forçaram a paralisação de atividades da Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), na zona norte da capital gaúcha. O local já havia sido evacuado na sexta-feira (3), devido à possibilidade de alagamento.

“É lamentável comunicar que o nível da água que atingiu as instalações do complexo é tão elevado que inviabiliza qualquer funcionamento seguro. Em vista disso, por questões de segurança e preservação da vida, todas as atividades no complexo estão suspensas até que as águas baixem e a situação se normalize”, informa a Ceasa/RS, em nota.

A Ceasa/RS é responsável pelo abastecimento de 54% dos hortifrutigranjeiros comercializados no Rio Grande do Sul. Apesar da situação, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) informa que não há nenhum risco de completo desabastecimento de alimentos nas lojas.

Algumas lojas estão com dificuldades de abastecimento em produtos como água mineral, ovos e hortifruti, mas, de acordo com a Agas, são situações logísticas. “O abastecimento irá se normalizar a partir da liberação das estradas”, afirma a entidade.

(Com Helena Benfica e Marcelo Beledeli, para o Valor)

 — Foto: Ricardo Stuckert / PR
— Foto: Ricardo Stuckert / PR
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