O Magazine Luiza convocou assembleia para o próximo dia 29 de maio para deliberar sobre o pedido feito pelos irmãos fundadores da Kabum para abertura de ação de responsabilidade contra o diretor-presidente, Frederico Trajano.
Thiago Ramos e Leandro Ramos, que detém conjuntamente 1,02% do total de ações do Magazine Luiza, alegam que Trajano cometeu fraude contábil que resultou um ajuste acumulado no patrimônio líquido de R$ 829,5 milhões.
No pedido de convocação, os irmãos afirmam que, após o início das atividades de integração das companhias, alertaram Trajano e outros diretores da companhia de uma deficiência grave no controle contábil de estoque.
Além disso, afirmam que o diretor-presidente agiu deliberadamente para prescrever um crédito fiscal, no valor de R$ 40 milhões, que havia sido reconhecido em favor da Kabum, para obter satisfação de um desejo pessoal de vingança contra os irmãos Ramos.
Em carta que foi anexada ao edital de convocação para a assembleia, Trajano nega as acusações e diz que se tratam de mentiras, falsas acusações e calúnias onde os fundadores da Kabum pretendem obter vantagem indevida em prejuízo da companhia.
“Ao constatarem o fracasso de cada tentativa de desestabilizar e caluniar quem eles julgam contrários aos seus interesses, partem para outra, numa cacofonia sem qualquer eco”, afirma o diretor-presidente, na carta.
A Kabum foi vendida ao Magalu em 2021. Em julho do ano passado, os irmãos entraram com requerimento para abertura de arbitragem contra a varejista, na Câmara de Comércio Brasil Canadá, sob a alegação de que supostos conflitos de interesse teriam resultado em danos financeiros para os dois. O valor em disputa é de R$ 3,5 bilhões, segundo o pedido.